sábado, 23 de maio de 2015

Ser travesti minha Transição Júlia Helena

Como dizia Simone de Beauvoir “Não se nasce mulher, torna-se mulher." Minha Transição.
Ser travesti: A dureza de existir, e a doçura de sonhar.




A vivência da transgeneridade, da transexualidade, da travestilidade é distinta para cada sujeito. Está atravessada por questões de classe, de etnia, de escolaridade, de geografia, de nacionalidade. Não é uma experiência universal. Quando falo, estou sempre a falar sobre a minha vivência, e no máximo, sobre a vivência das pessoas com as quais dialoguei. 
Por muito tempo vivi como um homem gay cisgênero muito afeminado. mais em 2014 comecei o meu processo de transição confesso que fico um pouco estranha, as vezes sinto alguma vergonha, tenho medo das reações. Andar pela rua, quando estou vestida como mulher, é acionar todo um dispositivo de masculinidade nos outros, que automaticamente vêem em mim uma traidora de gênero. Mais aos poucos estou me sinto cada vez melhor e o mais importante me sinto feliz e realizada quando me olho no espelho.


Por: Julia Helena Darier

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